Jongo da Serrinha (Rio de Janeiro - RJ)


- Ponto de abertura ou licença = para iniciar a roda.
- Ponto de louvação = para saudar o local, o dono da casa, ao santo ou algum antepassado jongueiro.
- Ponto de visaria = para alegrar a roda e divertir a comunidade.
- Ponto de demanda, porfia ou gurumenta = para a briga, quando algum jongueiro desafia seu rival a demonstrar sua sabedoria.
- Ponto de encante = era cantado quando um jongueiro desejava enfeitiçar o outro pelo ponto.
- Ponto de despedida ou encerramento = cantado ao amanhecer para saudar a chegada do dia e encerrar a festa. *Os parênteses nas letras das músicas são os responsoriais, ou seja, o coro.


Rosário De Maria (Bendito)  (Mestre Darcy) Ponto de abertura
Bendito louvado seja (é o rosário de Maria).
Louvado seja (é o rosário de Maria).
Jongueiro, bendito louvado seja (é o rosário de Maria).
Ô Louvado seja (é o rosário de Maria).
Bendito pra Santo Antônio,
Bendito pra São João,
Senhora Sant'anna, saravá meu zirimão.
Saravá angoma-puita, saravá meu candongueiro,
Abre Caxambu, saravá jongueiro.
Bendito louvado seja meu zirimão,
Agora mesmo que eu cheguei foi pra saravá.
Bendito louvado seja Senhora Sant'anna,
Agora mesmo que eu cheguei foi pra saravá.
Bendito louvado seja (é o rosário de Maria).
Louvado seja (é o rosário de Maria).
Jongueiro bendito louvado seja (é o rosário de Maria).
Ô Louvado seja (é o rosário de Maria).


Pisei na Pedra  (Mestre Darcy) Ponto de louvação
“Ai eu pisei
Pisei na pedra A pedra balanceou
Levanta meu povo
Cativeiro se acabou, (2x)”
Diz ôôô
(ôôô) Diz outra vez (ôôô) Eu quero ouvir
(ôôô... ôôô)
Ai eu pisei
“Pisei na pedra A pedra balanceou
Levanta meu povo
Cativeiro se acabou (2x)”
Jongueiro ôôô
(ôôô... ôôô)
(ôôô... ôôô)


Boi Preto (Mestre Darcy e Eva Monteiro) Ponto de visaria
“Qué mamá
Qué mamá
Boi preto o bezerro qué mamá (2x)”
Boi preto deixa a vaca passear
A vaca ta mugindo e o bezerro qué mamá
Ó só
(refrão)

Ih, Olha ‘buro’ pro cavalo, na cocheira grungunando
‘Buro’ fala baixo,  cavalo fala gritando
É só
(refrão)

Ih, Lambari ta pelejando
pra subir na cachoeira
Ta dizendo pro boi preto que inda tem vaca sortera
É só
(refrão)

Ih, Oi lere Galo Cantou
La no fundo do quintal
A galinha chocou o pinto no meio do capinzal
(refrão)


Eu chorei  (Manuel Bam-bam-bam) Ponto de visaria
“Eu chorei, eu chorava,
Era minha mãe que me acalentava. (2x)”
Bem pequenininho, mamãe me embalava,
Por isso que eu chorei, por isso que eu chorava
(refrão)
Ia para a rua, na rua eu brigava,
era minha mãe que me consolava.
(refrão)
Meu pai me batia, ai, como apanhava,
Era minha mãe que desapartava.
(refrão)
E a professora quando me reprovava,
Era minha mãe que me incentivava.
(refrão)


Vapor Da Paraíba (Mestre Fuleiro)
“Vapor berrou na Paraíba, e chora eu, (chora eu Vovó).
Fumaça dele na Madureira,
e chora eu. (O vapor berrou piuí, piuí.) (2x)”
Diz ô ri rê!
Ô irê, irê, irê,
ô irê, irê, irê . Vai dizendo o irê
Ô irê, irê, irê,
ô irê, irê, irê .
Quando eu entro no jongo e começo a dançar
Segura ioiô, iaiá
Logo da minha vózinha eu começo a lembrar
Segura ia-iá
Toca minha gente esse jongo que eu quero escutar
Segura Iôiô, Iaiá
Nesse balanço gostoso eu vou me acabar
O vapor berrou, piuí-piuí
(refrão)


Preta Velha Jongueira (Lazir Sinval ) Ponto de Louvação
preta velha jongueira
meu caxambu está lhe chamando
sinto a poeira do chão levantando
com o seu tabiado

minha vovó benzeu no tambu
vai caminhando para tabiar
minha vovó benzeu no tambu
vai caminhando para tabiar
aê vovó o caxambu tá no terreiro
como é lindo vovó o rufar do candongueiro


Treze de maio (Djanira do Jongo) Ponto de louvação
“No dia 13 de maio,
cativeiro acabou. (2x)”
“E os escravos gritavam:
Liberdade Senhor.  (2x)”


Caxambu De Sá Maria (Mestre Darcy) Ponto de louvação
Vamos falar de Sá Maria, (la laiá.)
vamos falar com singeleza, (sim.)
Sá Maria na beira do fogão,
cantava caxambu relembrando o seu torrão,
              (caxambúú...) mas ela chorava pra voltar
  (ô ô ô...)
estava sentindo saudades do seu lugar.
  (hum hum... la la laiá.)
Recordava do candongueiro batido com maestria por (Pai João...), a só... que nesse tempo era moço
e o som vibrava, (em seu coração...),
com o negro João tirando som do candongueiro, (dentro do terreiro...),
com a sua simpatia, fazendo vibrar (o coração de Sá Maria – 2x).
                                                                                                       (la la laiá.)
*Darcy fez este jongo falando de sua mãe e seu pai Pedro Monteiro, chamado na letra de Pai João.


Sabão (Alvarenga) Ponto de demanda
“Para quê lavar roupa com meu nome
Para quê lavar roupa com meu nome
na venda tem sabão
Para quê lavar roupa com meu nome – auê (2x)”

Eu não vou na sua casa
porque tem muita ladeira
Eu não vou na sua casa
porque tem muita ladeira
Seu cachorro é muito brabo
sua mulher é faladeira – auê

(refrão)

Você me chamou de feio
eu não era feio assim
Você me chamou de feio
eu não era feio assim
Foi um feio lá em casa
e botou feiúra em mim – auê

(refrão)


Pra quê pente - Ponto de demanda
Pra quê pente, ô Terezinha
pra quê pente, ô Terezinha
Se ocê não tem cabelo
pra quê pente, ô Terezinha


Olha a umbigada (Mestre Darcy) Ponto de visaria
Quando você for dançar jongo
(Olha a umbigada), auê (olha a umbigada)
Ih, Quando você for dançar jongo
(Olha a umbigada), ê dançando jongo (olha a umbigada)


Ai Morena (Vovó Maria Joana) Ponto de visaria
Ai morena,
tenho muito o que fazer
tenho roupa pra lavar, ô morena e botão para colher,
“vou embarcar na diligência das onze horas,
trem de ferro inda não veio, (chegou agora).   (2x)”


Sapo não tem oritimbó 
Sapo não tem oritimbó
Pra que tamburete pra sentar    (várias vezes)


Madalena 
Ô Madalena, minha negaa  (Ô Madalena, minha negaa )
Sua sai de babado (Tem pouca renda)
Sua sai de babado (Tem pouca renda)
Sua sai de babado (Tem pouca renda)
Sai de babado (pouca renda!)
Sai de babado (pouca renda!)


Eu tenho Pena (Mestre Darcy) Ponto de demanda
“Eu tenho pena,
Eu tenho dó,
De ver Maria de saia sem paletó. (2x)”

A Maria foi ao jongo
de sai de mirinó,
seu cordão arrebentou,
sua saia foi ao pó. (refrão)

Você diz que sabe, sabe,
Você diz que sabe lê,
então pega na cartilha
e me ensina o ABC. (refrão)


Caxinguelê  (Vovó Maria Joana) Ponto de demanda
Ah! Eu fui no mato...
eu fui cortar cipó..
Ah! Eu vi um bicho...
esse bicho era caxinguelê
Eu panhei o côco,
caxinguelê tá me olhando.
Eu levei o côco,
caxinguelê tá me olhando,
Eu parti o côco,
caxinguelê tá me olhando. Eu comi o côco,
caxinguelê tá me olhando.
Fiz pudim de côco,
caxinguelê tá me olhando.
Bolo de côco,
caxinguelê tá me olhando...

*Caxinguelê = homem branco


Desaforo (Vovó Maria Joana) Ponte de demanda
Desaforo de camundongo pegou vara e foi carriá,
ninho tá na paineira, quero ver quem vai tirar.
Ai papai, ai mamãe,
ninho tá na paineira, quero ver quem vai tirar.


Eu Num É Doutô (Pedro Monteiro) Ponto de visaria (?)
Eu num é doutô,
Eu num é "fermêro".
Como vai tomá conta de butica na piedade?
Ai papai, Ai mamãe
Como vai tomá conta de butica na Piedade?
Eu num sabe lê,
Eu num sabe "crevê".
Como vai tomá conta de butica na piedade?


Coitado Do Zé Maria - Jongo da Serrinha e Quilombo São José
“Le le le le le le le le
Le le le le le le le le (8x)”
“Coitado do Zé Maria,
naquela mata fechada,
mataram o pobre do homem, sá moreninha,
"deixaro" a besta amarrada. (2x)”
Dizem que o dinheiro vale, (ô ô ô...)
Dinheiro não tem valia, (ô ô ô...)
Se o dinheiro valesse,
Zé Maria não morria.
(refrão)
Zé Maria tinha porco, (tinha porco)
e também tinha boiada, (tinha boiada)
mataram o pobre do homem, sá moreninha,
boi ficou na invernada. Óia só


Finca Tenda (Mestre Darcy) Ponto de louvação
Eu vou falar pro Seu Vito pra fincá tenda aí, (aí aí, finca tenda aí)
Tenda pra caxambu finca tenda aí, (aí aí, finca tenda aí)
O quê?! Eu vou falar (falar?) com os presidente (o quê?),
pra dar um jongo e convidar a toda gente,
                         (ô ô ô)
Vovó Teresa, ficou contente, Fuleiro oriçando os bigodes alegremente, falei
As rezadeiras da Balaiada,
    (credo em cruz, Ave Maria, amém)
de uma fazenda vão recordar,
             (ô ô ô ê)
do caxambu e do candongueiro,
                   (e do candongueiro) no 13 de maio no terreiro a zoar, falei? (Falou jongueiro)


É De Lorena (Lazir Sinval) Ponto de demanda
“Ô iaiá, quer jongar, jongo com eu?
Ô iaiá, jongueiro bom é de Lorena. (2x)”
É de Lorena, minha avó falou,
sou dumba forte, com a minha dor,
jongueiro de Lorena canta alto e vem louvar,
matoco pra ser forte tem que curiar (a aê),
tem que "curiar (a aê"), tem que curiar (aaaa) (aaaa).
“Ô iaiá, quer jongar, jongo com eu?
Ô iaiá, jongueiro bom é de Lorena. (2x)”
Jongueiro bom é de Lorena (2x)

*Dumba = mulher jovem
  Matoco = homem
  Curiar = comer


Jongueiro Bom (Mestre Darcy) Ponto de demanda
Ih, Jongueiro bom é de Lorena,
Matou galinha temperô na querozena. (2x)
Eu falei, Jongueiro bom é de Lorena,
Matou galinha temperô na querozena. (2x)
Ocê diz que sabe, sabe
Você diz que sabe lê
Entao pega na cartilha e me ensina o ABC.
Eu falei, Jongueiro bom é de Lorena,
Matou galinha temperô na querozena. (2x)
Ih, Jongueiro bom é de Lorena,
Matou galinha temperô na querozena. (2x)


Paraibano (Candeia) Ponto de visaria
Quem nasce na Paraíba (é paraibano)
Sim, Quem nasce na Paraíba (é paraibano)
Jongueiro, Quem nasce na Paraíba (é paraibano)
Só, Quem nasce na Paraíba (é paraibano)

Quem nasce no Amazonas, amazonense
Quem nasce no paraná, paranaense
Quem nasce em Pernambuco, pernambucano
Quem nasce na Paraíba, gente! (é paraibano)

Ih, Quem nasce na Paraíba (é paraibano)
Ó Só, Quem nasce na Paraíba (é paraibano)
Jongueira, Quem nasce na Paraíba (é paraibano)
Ih, Quem nasce na Paraíba (é paraibano)

Quem nasce no Piauí, é piauense
Quem nasce no Ceará, é cearense
Quem nasce no Alagoas, alagoano
Quem nasce em Minas Gerais (não é baiano)

Ih, Quem nasce na Paraíba (é paraibano)
Ó Só, Quem nasce na Paraíba (é paraibano)
Jongueiro, Quem nasce na Paraíba (é paraibano)
Quem nasce na Paraíba, diz! (é paraibano)


As Baratas (Mestre Darcy) Ponto de demanda
Eu nunca vi tanta barata, ah só
Eu nunca vi tanta barata, senhora dona
Pega no chinelo e mata
(Eu nunca vi tanta barata, ah
Eu nunca vi tanta barata, senhora dona
Pega no chinelo e mata) 2x

Ai, eu vou me embora
Para a cidade da Prata
Ai, eu vou me embora
Para a cidade da Prata
Queira Deus que lá não tenha, senhora dona
Este bicho que é barata
(Eu nunca vi tanta barata, ah
Eu nunca vi tanta barata, senhora dona
Pega no chinelo e mata) 2x

Eu vesti meu terno branco
Fui procurar minha “crovata”
Eu vesti meu terno branco
Fui procurar minha “crovata”
Ao abrir minha gaveta, senhora dona
Eu nunca vi tanta barata, ah só
(Eu nunca vi tanta barata, ah
Eu nunca vi tanta barata, senhora dona
Pega no chinelo e mata) 2x

Ai, eu vou me embora
Tenho muito o que fazer
Ai, eu vou me embora
Tenho muito o que fazer
Tenho rosa pra lavar, senhora dona
E botão para colher, ah só
(Eu nunca vi tanta barata, ah
Eu nunca vi tanta barata, senhora dona
Pega no chinelo e mata) 2x


Guiomar (Mestre Darcy e Tião Zarope) Ponto de louvação
“Ô Guiomar (Guiomar!), ô Guiomar (ô Guiomar) o jongo não é de "buia" Guiomar, (fala Guiomar)
segura a toada pra durar. (segura a toada) (2x)”
O nosso jongo tem harmonia,
na Balaiada em casa de Vó Maria,
o caxambu toca até o raiar do dia,
eu danço jongo umbigando com Sá Maria.
(refrão 1x)
Na beira do poço, onde mora Guiomar,
mamãe sereia mora no fundo do mar,
segura nosso jongo Guiomar,
não deixa o nosso jongo se afundar.
(refrão 1x)
Segura angoma olha a toada, (oirô!)
bate "paó" rapaziada. [palmas]
Eu improviso o jongo meu camarada,
meu caxambu toca até de madrugada, Guiomar.
(refrão 1x)

*Buia = briga
   Paó = palma


Saracura (Mestre Darcy e Pedro Monteiro) Ponto de louvação – Jongo-Enredo
(La laiá laiá. Lalalaiála lalaiála lalaiá)
  (La laiá! la laiá laiá... la...iá...
   la laiá laiá... la...iá...
    la laiá laiá... la...iá... lalaiá!)
   (La laiá! la laiá laiá... la...iá...
   la laiá laiá... la...
   [tom baixo]  la... laiá laiá... la...iá...) Quando a noite descia!
Quando a noite descia,
após a Ave-Maria,
um som de tambor se ouvia.
Dentro de uma senzala, em um caminho pra Minas,
vozes de jongueiros se ouviam.

Na Fazenda da Bem Posta, (la laiá laiá.)
em pleno Estado do Rio, (la laiá laiá.)
um jongueiro sentindo falta do caxambu, tocava o candongueiro, após o angú.
                                           (laaa...        laiá      laiááá...               laaaa...            iááá...)

                                         Cantarolava a saracura, (la laiá laiá... laiá...) {tom alto}
levou o lenço da moça, (la laiá laiá... laiá...) {tom alto}
que ficou chorando, (la laiá laiá... la...iá...)  (la laiá!) {tom alto}
que pecado que ela leva quando morrer. 
Cantarolava a saracura, (la laiá laiá... laiá...) {tom alto}
levou o lenço da moça, (la laiá laiá... la...) {tom alto e o último “lá” é baixo}
que ficou chorando, (laaa laiá laiá... la...iá...) {tom baixo}
que pecado que ela leva quando morrer. (le le le le le... )

la laiá la laiá!

A saracura,
            (ô ô ô...)
levou o lenço da moça,
                               (ô ô ô...)
a moça ficou chorando,                               (ô ô ô.) (todos) que pecado que ela leva quando morrer.
Eu falei que a Saracura, iá iá
                                 (ô ô ô...)
levou o lenço da moça,
                               (ô ô ô...)
a moça ficou chorando,                               (ô ô ô.) (todos) que pecado que ela leva quando morrer.
(Todos cantando e só na palma)
“Sabiá cantou na laranjeira,
Sá Rolinha tá de luto de sentimento,
Sinhá dona pereguntô: Quê que tá chorando?
Que pecado que ela leva quando morrer? (2x)”

Ora dança o caxambú.
Eu quero ver quem dança comigo, eu quero ver! (repete infinitamente)
Eu quero ver..., eu quero ver... (só o puxador)
Eu quero ver quem dança comigo, eu quero ver! (repete infinitamente)


Capital da Central  (Mestre Darcy) Ponto de louvação – Jongo-Enredo
“Capital da Central
Capital do subúrbio da Central
                          (ô ô ô...)
Madureira é local tradicional
                            (ô ô ô...)
Tem a Escola Portela
                                     (laialá laialá...)
A porta-bandeira é tão bela
                                                 (laialá laialá...)     Tem o Império Serrano
                                         (laialá laialá!)   Lindas cabrochas sambando
(Lindas cabrochas sambando)
Tem carnaval que esbanja emoção
                                  (Viva o Zé Pereira...)
Serra querida vives em meu coração. (2x) ”

(laialá laialá...)     Fecho os meus olhos e ouço
                                           (Fecho os meus olhos)
Som de tambor no terreiro
                                            (Som de tambor)
Na casa de Zé Nascimento (laialá!)
Candonga, Ricardo Jongueiro
(Candonga, Ricardo Jongueiro)
Seu Gabriel da Congonha
                           (Seu Gabriel)
Faz me lembrar coisas lindas (coisas lindas)
Jongo e baile pra moçada
Com lindos sorrisos de Dona Florinda
(Com lindos sorrisos de Dona Florinda)
Na casa da velha Marta
                    (velha Marta)
Vovó Olímpia [ou seria: Líbia?] e Seu Antenor
            (ôôô...)
“Tambores distantes do Congo
Rumores que o tempo apagou. (3x)” (*a 1ª pelo puxador e as outras 2 pelo coro)

Capital da Central
Capital do subúrbio da Central
 Madureira é local tradicional
Tem a Escola Portela
A porta-bandeira é tão bela
Tem o Império Serrano
Lindas cabrochas sambando
Tem carnaval que esbanja emoção
Serra querida vives em meu coração.

Fecho os meus olhos e ouço
Som de tambor no terreiro
Na casa de Zé Nascimento
Candonga, Ricardo Jongueiro
Seu Gabriel da Congonha
Faz me lembrar coisas lindas
Jongo e baile pra moçada
Com lindos sorrisos de Dona Florinda
Na casa da velha Marta
Vovó Olímpia e Se Antenor

“Tambores distantes do Congo
Rumores que o tempo apagou. (3x)”

Capital da Central...   {*rufam os tambores como se fossem um trem; em seguida dão um toque de “machado”}

Piuí! Ma-du-rei-ra... é bacana!   {*rufam os tambores}


Vou pra Serra (Jair Jongueiro)
Vou`pra serra mãe
Sua benção vou miimbora vou jongar
Vou pra serra mae
Ja é quase uma hora e se eu perco o trem
Fico mais de uma hora na estação
Vou pra serra mãe
Eu preciso da senhora
Não brinqueia mae
Mes que vem tem trampo
Mês que vem te pago
Foi na serra mãe que eu conheci o Jongo
Belo filho de uma mae que se diz gentil
Pátria amada Brasil
Lá na serra mae
Na casa do rei do Jongo
Belo filho de uma mãe que se diz gentil
Pátria amada Brasil

Vamos pra serra…


Bana cum lenço (Vovó Maria Joana) Ponto de visaria
Bana cum lenço, ô bana cum lenço.
Bana cum lenço, criola bana cum lenço,
“Navio já foi embora, criola, bana cum lenço. (2x)”


Papai Na Ladeira (Eva Emely) Ponto de despedida
Mamãe foi pro jongo,
papai ficou na ladeira. (2x)
Fumando o cigarro,
papai ficou na ladeira.
De chapéu na mão,
papai ficou na ladeira.
Choveu relampeou,
papai ficou na ladeira.
Neném tá chorando,
papai ficou na ladeira.
Neném que mamá,
papai ficou na ladeira.
Mamãe foi pro jongo,
papai ficou na ladeira. (2x)

*Mestre Darcy unia este ponto de despedida com estes outros de visaria e demanda, até “Maria Sunga Saia” (todos em ordem, abaixo)


Papai Subiu O Morro De São José (Lazir Sinval) Ponto de Visaria
Papai subiu o Morro de São José,
chuva fina, tava garoando.
Ô ire, o Morro de São José
chuva fina, tava garoando.
Papai já tinha que pagar promessa pra São José,
tava garoando.
Subia o morro, o sapato apertava seu pé,
chuva fina, tava garoando ô rirê.
“Ô ire, o Morro de São José
chuva fina, tava garoando. (2x)”


Marambaia (Mestre Darcy)
Sá Maria, sirunga saia pra tabiá na restinga da Marambaia
Sá Maria, sirunga saia pra tabiá na restinga da Marambaia
Marambá, Marambambaia
Marambá, Marambambaia
Marambá, Marambambaia
Marambá!


Maria Sunga A Saia (Mestre Darcy) Ponto De Visaria
Maria sunga a saia,
chuva évem pra te moiá. (4x)
Ela custô lavá,
chuva evém pra te moiá.
Chuvou, relampeou,
chuva evém pra te moiá.
De chapéu na mão,
chuva evém pra te moiá.
Neném tá chorando,
chuva evém pra te molhá.
Neném quer mamá,
chuva evém pra te moiá.
 “Maria sunga a saia,
chuva evém pra te moiá. (2x)

*Sungar = levantar


Galo Macuco - Ponto de despedida
Meu galo macuco, Boa noite
Meu galo carijó, Bom Dia BIS
Jamba ê Eu vim
De muito longe, Boa noite
Eu vim saravá terreiro, Bom Dia
Me galo macuco, Boa noite
Meu galo carijó, Bom Dia BIS
Jamba ê, feitiço não me mata, Boa noite `
Sirianga não me fura, Bom dia
Meu galo macuco, Boa noite
Meu galo carijó, Bom dia BIS
Jamba ê
Terreiro não é minha, Boa noite
Terreiro é de mais véio, Bom dia
Meu galo macuco, Boa noite
Meu galo carijó, Bom dia BIS
Cumba ê
Eu vim de muito longe Boa noite
Eu vim saravá barri Bom dia
E Barri
Meu galo macuco, Boa noite
Meu galo carijó, Bom dia BIS
Jamba ê,
Titio com Titia boa noite

Com papai, com mamãe Bom dia


Bênção De Deus  (Vovó Maria Joana) Ponto de despedida
A benção, (benção de Deus)
a benção papai, (benção de Deus)
A benção, (benção de Deus)
a benção mamãe, (benção de Deus)
A benção, (benção de Deus)
a benção vovô, (benção de Deus)
A benção, (benção de Deus)
a benção vovó, (benção de Deus)
A benção, (benção de Deus)
a benção titia, (benção de Deus)
A benção, (benção de Deus)
a benção titio, benção de Deus
A benção, (benção de Deus)
a benção madrinha, (benção de Deus)
A benção, (benção de Deus)
a benção padrinho, (benção de Deus)
A benção, (Benção)
A benção, (de Deus)


Vou Caminhar (Vovó Maria Joana) Ponto de despedida
Vou caminhar que o mundo gira,
vou caminhar que o mundo gira,
Gira meu mundo
Vou caminhar que o mundo gira,
vou caminhar que o mundo gira.


Adeus (Claudia Góes e Márcia Mansur - Jongados na Vida*) Ponto de despedida 
Adeus, povo bom adeus
Adeus, que eu já vou embora
Pelas ondas do mar eu vim
Pelas ondas do mar, eu vou embora.
(*os Jongados na Vida foram os últimos formados por Mestre Darcy e tocaram com ele e Dona Su até o final de sua vida).

3 comentários:

  1. Ola Andre! Td bem? Primeiro, parabens pela iniciativa! Gostaria apenas de te solicitar uma alteração na informação que se refere ao ponto de despedida ADEUS. A autoria é de Claudia Góes e Marcia Mansur, inspirado em um canto da congada mineira. Esse ponto foi absorvido pela maioria dos grupos de jongo do Rio, o que foi muito legal. A autoria é minha e de Marcinha. Gostaria de te pedir para fazer a alteração, ok? Obrigada e Machado!!

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    1. Ok, Claudinha! O ponto "Adeus" foi corrigido e deixei incluído nesta página da Serrinha, pelo carinho e aproximação que os Jongados na Vida tiveram com o Mestre Darcy. Saravá jongueira!

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